Quem disse que eu mudei?

" Não importa que a tenham demolido:
a gente continua morando na velha casa
[em que nasceu. "


Mário Quitana.

Quem sou eu?

Que ou pessoa que implica.

Que não tem saber; que não é instruído em certas coisas.

Que não tem coerência; desconexo, não ligado, que não tem lógica.

[Implicante / Ignorante / Incoerente]

Implicantes são ranzinzas. Ignorantes são felizes e burros. Incoerentes não fazem o menor sentido.

Estranhos (e) Conhecidos

É interessante como pessoas que em pouco tempo na nossa vida, são capazes de promover tamanha mudaça em nossos pensamentos. O tempo se mostra um fator irrelevante perante os laços e intimidades trocadas pelas pessoas. Será que é realmente necessário continuar nessa busca insana por convívio com pessoas novas? É. E ainda acrescento que são elas que reciclam e renovam nossos conceitos e condutas. Cada pessoa nos traz novas teses, novas inquietações, segredos e angústias. E, em cada uma delas, descobrimos um pouco de nós mesmos.


12/2008.

Sensibilidade reduzida

Andei pensando, algumas pessoas gostam de se apaixonar. É bem satisfatório acreditar que outra pessoa é capaz de nos manter à sombra de algum tipo de encanto. A sensação é sempre novidade, mesmo que já tenha sido experimentada várias vezes. Toda explosão de sentimentos, pensamentos e sensações são bem-vindas, elas nos prendem, cativam. Tudo isso pelo simples fato de não termos nada mais interessante para nos entreter. Por isso, acredito que a paixão não passa de mais um dos frutos do tédio. Ninguém vive só de ecologia, matemática ou política, todos têm algo a dizer sobre relacionamentos, amor, paixão, sentimento e afins. É uma mistura que nos transborda sem controle, criando essa necessidade de compartilhar a euforia que sentimos com o mundo. É exatamente assim que vejo a paixão: euforia, fruto do tédio. E digo mais, se paixão não fosse algo bom, esse texto não existira, acredito que milhares de outros textos em outros blogs, também não existiriam. Um brinde ao fenômeno que nos torna incansáveis em busca de algo que nos desoriente.

Dia 10 de Junho de 2009.

Pós Natal

Sábado, 26 de Dezembro de 2009.
Andar faz bem, eu vi um dos dias mais bonitos do ano.

Flundsnake

O flundsnake é um blog feito pra penerar as postagens do outro blog, o 'Condicional'.
"Flundsnake" não significa nada, foi uma palavra que apareceu na confirmação de letras enquanto eu criava esse novo blog, que até momento não tinha nome.

Subsistência

Era como uma nova sintonia, uma orquestra em bolha de sabão. Dentro de tanta euforia não moderada, era previsível o que aconteceria.
As paredes do quarto já fazem de você maestro do caos criado à mando do acaso.
Então, rápido agiu a seqência: chinelo, dinheiro, chave, rua, ônibus, areia, mar, paz.
Sentiu voltar a melancolia infantil de um tempo vazio e desorganizado. As palavras não se encontravam mais entre rostos, noites e bebidas, elas não se encontravam em coisa alguma. Era o vazio que satisfazia, sempre soube.

sábado, 07 de outubro.

Cidró

Tentou começar a explicar...
Preferiu continuar tentando e vivendo feito cego em tiroteio. Achou melhor não saber o que vem pela frente, melhor fingir que não sabia o que viria pela frente. Toda calmaria precede algum furacão, sempre foi assim. Na maioria das vezes as "novidades" são furacões, desses que quando aparecem, varrem todos os costumes, tudo que havia plantado. E quando ele vai embora, só resta a calmaria de novo, o silêncio. Um silêncio que cala a alma, tranca a garganta sem nó, só aperta. Nessa hora, olha para o relógio ou o ventilador e sente vergonha, pois um objeto movido a energia elétrica pode ser mais ativo, mais operante e vivo do que você, que é movido a coração. Eis que entende o motivo da sua breve paralisação de sentidos, aquele que te move, te trai. Ele o fez por puro capricho, vingança. Havia tentado avisar sobre o furacão, mas você preferiu ser cego em tiroteio...

(falta de coerência sempre foi um mal)