Se é que fica em nós, mostre-me onde.
Se a vida de quem se vai, nos acompanha, diga-me onde encontrar.
A busca tem me cegado.
Somos rasos, precisamos tocar e ver. Porque sentir, nem sempre é conforto.
No peito, aperta a voz, e como um córrego de lágrimas secas, segue a empedrar a garganta.
Áspero pedido de volta. Não atendido.
Cada vez mais seco de lágrimas, travada garganta, peito rachado.
A urgência se desfaz em desesperança, descrença.
Vai, mas mostre-me.
Onde fica você, além de aqui, nessa dor calada.
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Carta
Reciclável amigo,
estive precisando de você nos últimos dias.
Algumas coisas ruins aconteceram e estive sentindo falta do seu abraço.
Sofri os reflexos de tragédias muito próximas, umas bem tristes.
Sei que por me ocupar com novos amigos, te afastei. Mas neles, não encontro teu ombro.
Agora me sobra tempo pra chorar. E você não está aqui.
Sinto sua falta.
(Quem nunca se sentiu o destinatário dessa carta?)
estive precisando de você nos últimos dias.
Algumas coisas ruins aconteceram e estive sentindo falta do seu abraço.
Sofri os reflexos de tragédias muito próximas, umas bem tristes.
Sei que por me ocupar com novos amigos, te afastei. Mas neles, não encontro teu ombro.
Agora me sobra tempo pra chorar. E você não está aqui.
Sinto sua falta.
(Quem nunca se sentiu o destinatário dessa carta?)
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Pressuposto
O teu medo, minha vontade.
Você se esconde, eu mantenho a força do querer, tocar, sentir.
A cidade aposta na nossa insegurança, eu continuo a pulsar.
Cada tentantiva, uma ilusão. Você ameaça surgir, eu latejo.
Teu ato, meu efeito.
Minha perdição te incomoda, meus hábitos me arrebatam.
Minando as chances ou possibilidades, são pequenas brigas, me levam a perder o que ainda não conquistei.
Pouca fibra, incerteza, não lutar, cair de receio, ceder.
Não me adianta prever se não posso te convencer.
Se ainda houvesse um molde, uma receita, uma regra... ah, se houvesse um jeito de te mostrar.
Quero mais sorte no cruzamento, quero pé de coelho, acreditar no acaso pra te levar.
O que mais vier, é trevo.
Nós de vento.
Você se esconde, eu mantenho a força do querer, tocar, sentir.
A cidade aposta na nossa insegurança, eu continuo a pulsar.
Cada tentantiva, uma ilusão. Você ameaça surgir, eu latejo.
Teu ato, meu efeito.
Minha perdição te incomoda, meus hábitos me arrebatam.
Minando as chances ou possibilidades, são pequenas brigas, me levam a perder o que ainda não conquistei.
Pouca fibra, incerteza, não lutar, cair de receio, ceder.
Não me adianta prever se não posso te convencer.
Se ainda houvesse um molde, uma receita, uma regra... ah, se houvesse um jeito de te mostrar.
Quero mais sorte no cruzamento, quero pé de coelho, acreditar no acaso pra te levar.
O que mais vier, é trevo.
Nós de vento.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Ônibus vazio
De mão dadas.
Se toda história começasse em união, as mãos não sentiriam frio.
O espaço em tempo ocupado por você é doce.
Um fio de cabelo que cai, o sol que reflete no vidro da janela e dispersa a atenção, o olhar, o pedido implícito de que a vontade fosse recíproca.
O balaçar que incomodava no começo, adormece os dois corpos fatigados
O lugar desconhecido, o medo de se perder, o medo de te acordar longe de casa.
De mãos dadas. E eu não conseguia te acordar. Porque eu estava sonhando que aquilo era verdade.
Se toda história começasse em união, as mãos não sentiriam frio.
O espaço em tempo ocupado por você é doce.
Um fio de cabelo que cai, o sol que reflete no vidro da janela e dispersa a atenção, o olhar, o pedido implícito de que a vontade fosse recíproca.
O balaçar que incomodava no começo, adormece os dois corpos fatigados
O lugar desconhecido, o medo de se perder, o medo de te acordar longe de casa.
De mãos dadas. E eu não conseguia te acordar. Porque eu estava sonhando que aquilo era verdade.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Descampado
O adeus nunca esquecido, a constante razão pra chorar.
Conter em si e não apagar, não se opor.
Ente amado até (fazer) cessar.
E depois de enjaular memórias e entenguir o coração, continua latente.
Todo dia.
Rasgo entre leveza e tormenta, os olhos se fecham em sinal de displicência, exaustão.
A preparação longa feita pela mente na tentativa de encontrar agudeza de espírito, plena paz. Que se faz tão utópica.
Inacabado. A tua vida acabar, veio a repartir a minha.
Repartir. Partindo de mim, levando nós.
Leve. Me leve também.
Vela que se apaga, luz que derrete minha saudade.
Lânguida flor a renascer com as pétalas enterradas na terra. Desertificar (me).
Conter em si e não apagar, não se opor.
Ente amado até (fazer) cessar.
E depois de enjaular memórias e entenguir o coração, continua latente.
Todo dia.
Rasgo entre leveza e tormenta, os olhos se fecham em sinal de displicência, exaustão.
A preparação longa feita pela mente na tentativa de encontrar agudeza de espírito, plena paz. Que se faz tão utópica.
Inacabado. A tua vida acabar, veio a repartir a minha.
Repartir. Partindo de mim, levando nós.
Leve. Me leve também.
Vela que se apaga, luz que derrete minha saudade.
Lânguida flor a renascer com as pétalas enterradas na terra. Desertificar (me).
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Feira da libertade
Todas as luzes, confusões, sons de urgência
A vida chama, implora ações passageiras
Passos largos na noite, pulsação desmedida
Suor e tremor, delírio e furor
A vida escorre, desilude, reluz
Transcende como um manifesto de fúria
Cólera, frenesi, vivacidade violenta
De cores e sons, essência e sabor
Dentro das veias tuas e minhas.
A vida chama, implora ações passageiras
Passos largos na noite, pulsação desmedida
Suor e tremor, delírio e furor
A vida escorre, desilude, reluz
Transcende como um manifesto de fúria
Cólera, frenesi, vivacidade violenta
De cores e sons, essência e sabor
Dentro das veias tuas e minhas.
domingo, 29 de maio de 2011
Senhas
Eu não gosto do bom gosto
Eu não gosto do bom senso
Eu não gosto dos bons modos
Não gosto
(...)
Eu gosto dos que têm fome
Dos que morrem de vontade
Dos que secam de desejo
Dos que ardem...
Senhas - Adriana Calcanhotto
Eu não gosto do bom senso
Eu não gosto dos bons modos
Não gosto
(...)
Eu gosto dos que têm fome
Dos que morrem de vontade
Dos que secam de desejo
Dos que ardem...
Senhas - Adriana Calcanhotto
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
19/01/11
Continuo aqui, amando e lembrando.
E toda manhã ao acordar, toda noite ao dormir, lá você está.
Lá está o vazio que você deixou, um vazio em mim.
Faz falta todo dia. Meus sentidos estranham.
Cada dia menos de palavras, menos de memórias.
Quanto menos de você aqui, menos de mim.
Saudade apaga.
19/01/2011
E toda manhã ao acordar, toda noite ao dormir, lá você está.
Lá está o vazio que você deixou, um vazio em mim.
Faz falta todo dia. Meus sentidos estranham.
Cada dia menos de palavras, menos de memórias.
Quanto menos de você aqui, menos de mim.
Saudade apaga.
19/01/2011
domingo, 16 de janeiro de 2011
sábado, 8 de janeiro de 2011
your room is empty.
by the way, in case you don't know what is a room without a window:
no lights;
no thoughts;
no sounds;
no smells;
no voice;
no dreams;
no clouds in the sky;
no air;
no life.
no lights;
no thoughts;
no sounds;
no smells;
no voice;
no dreams;
no clouds in the sky;
no air;
no life.
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