domingo, 27 de dezembro de 2009

Cidró

Tentou começar a explicar...
Preferiu continuar tentando e vivendo feito cego em tiroteio. Achou melhor não saber o que vem pela frente, melhor fingir que não sabia o que viria pela frente. Toda calmaria precede algum furacão, sempre foi assim. Na maioria das vezes as "novidades" são furacões, desses que quando aparecem, varrem todos os costumes, tudo que havia plantado. E quando ele vai embora, só resta a calmaria de novo, o silêncio. Um silêncio que cala a alma, tranca a garganta sem nó, só aperta. Nessa hora, olha para o relógio ou o ventilador e sente vergonha, pois um objeto movido a energia elétrica pode ser mais ativo, mais operante e vivo do que você, que é movido a coração. Eis que entende o motivo da sua breve paralisação de sentidos, aquele que te move, te trai. Ele o fez por puro capricho, vingança. Havia tentado avisar sobre o furacão, mas você preferiu ser cego em tiroteio...

(falta de coerência sempre foi um mal)

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