"Pois ora se tem cabimento que as coisas acabem.
E quando acabam, se é que acabam, para onde vão? Para onde vão todas as coisas? Meu Deus, para onde? Pois não era isso, esta altercação entre sentidos e siso, ela mesma, a promessa da eternidade? E não era isso, essa sofisticação doente dos sentidos, essa patologia cobiçada, a única conclusão possível de tantas quantas podiam ocorrer? E acabou, havia acabado, passado pretérito, acabara a paixão entre nós? Fim para todo o semrpe, o eterno com os dias contados. A única certeza que tínhamos, eu , tu, na idade tenra dos nossos corpos, acabou-se quando te virei as costas, quando desisti. Acabou a paixão; como o organismo cura a gripe, como um batalhão de anticorpos vencendo a bactéria invasora, como um machucado que a pele nova vai encobrindo. Deus nos fez perfeitos e saudáveis."
A paixão, uma doença?
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