A água nasce suja, corre incerta, sem muito saber por onde vai, ou a quem molha. Ao longo do rio, ela diminui a intensidade, avalia o caminho e já não respinga por parte alguma. No fim do trajeto, já está límpida, livre de qualquer obscuridade e pronta para lavar a alma do primeiro que se der ao rio.
Conheço bem sua nascente. E aqui, eu não me banho.
Ando com medo.
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